domingo, 20 de novembro de 2011

"Talvez""

3 comentários:

  1. Porque sonhar sempre com a luz difusa dos dias? Os momentos do entardecer, os anelos do amanhecer?!...

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  2. Porquê um pé na escuridão e outro na luz? Porque não abraçar já o sol e abandonar a lua? Porque não lembrar o branco e esquecer as trevas? Para quê contar as estrelas e perder as nuvens no azul do céu? Porquê fechar os olhos e sentir e não ver? Porquê viver na ilusão da realidade de era uma vez?

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  3. E porquê? Porque... Será mais fácil tatear a escuridão que a luz do imenso, esse encadeamento de quem não vê, levando na mão, soltas as palavras, esta cisma em que penso, e deste modo não me queimando o sol, aguardo a lua, pálida e nua, espraiando sombras além no arvoredo, branqueando o negrume da noite, apagando as trevas, sem medo... Sim! O olhar bem de perto pode ofuscar, como o sentir sem amar, o peito a carpir, a latejar, e (diga-me?...) assim não vendo, por quem buscar?!... Nunca tive uma ilusão, nem uma vez, mas desejei-a feroz e com alma gritando, para ouvir na realidade a minha própria voz, e saber sentindo e caminhando os meus próprios pés.

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