A pensares o que se pode fazer com uma máquina de fotografar?... Nada disso. O espelho. O uso de uma técnica. Um momento de reflexão. Apenas. Olhando, serena, a máquina entre as mãos... Quantos pensamentos circulavam naquele momento?... Gosto de te olhar a pensar. A mente que vê. O olhar que ouve. O sentido da vida.
As imagens e as palavras. Umas alimentam-se das outras. E geram um círculo sem fim... As imagens podem alimentar a nossa imaginação de uma forma poderosa!... A própria fotografia pode engendrar o sonho e a ficção. Afinal, o que sabemos nós das coisas e da imagem das coisas?... Emília, vejo através do teu olhar o que merece ser olhado, e vejo através das tuas fotos. depois, vejo com o auxílio datua mente. Nesses momentos, tu és os meus olhos. E assim, temos a intimidade e a dependência dos nossos olhares. A intimidade de um instante irrepetível, primeiro para ti, depois, pela fotografia, para mim. Dás-me algo que só tu me podes dar em determinado momento. Não é bonito?!... As tuas fotos produzem-me sempre um certa inquietação e prazer artístico, mesmo como mero espectador. Sabes olhar, e para saber olhar tens que sentir. Transmites-me o teu sentir através do teu olhar. Como é belo, procurar o teu sentir nas tuas fotografias!... Gera uma comunhão muito profunda entre nós. Essa imagem que me surge está automaticamente terminada no momento em que "disparas"... As tuas fotografias... O fazer. O olhar. O teu sentir. Adoro!... Mais sincero, não posso!
Para a Emília, para a Milinha, muito especialmente no seu Dia de Aniversário... Hoje, 17 de Agosto de... Querida! Querida, significa aquela a quem se quer muito! Hoje, de manhã, pensei. Quem somos nós, anos após ano, permitindo que o tempo passe pela moldura dos nossos dias... Nada se fixa na consistência de um determinado sentido provisoriamente definido. O fio interpretativo?!... Apenas a deserção do que sempre desejámos ser, e o interminável e alegre princípio da aurora. Qual o papel do tempo nas nossas vidas?... Algo de indefinível que se vai perdendo e contudo há sempre qualquer coisa que começa, não é?... Vejo-te no dia de hoje junto dos teus, dos que são mais queridos ao teu coração. E saber isso me conforta, porque te sei feliz. Aproveita os instantes do agora. Depois, minha amiga, só a eternidade nos devolveria os nossos! Emília, quanto eu adorava ter os meus agora?... Ao nascer, encontramos uma família que nenhum de nós conhece. O nosso aparecimento, a alegria deles... O acaso de um encontro... A seguir, a escolha dos afectos que levamos para o caminho, como quem vai de jornada, no percurso que nos foi destinado e desconhecemos. Podíamos chamar vida, porém a vida não é senão quando sabemos o que não sabemos. Só o que se pode perder nos perturba a existência e nos faz criar às vezes o que não existe... Tudo à nossa volta, Emília, nos "empurra" para dentro do instante em que estamos, que é afinal o nosso viver. E, torna que torna, apoiamo-nos nesses afectos, na sensibilidade de quem nos estima, nos fios invisíveis que nos prendem, na necessidade que temos de outrem, no próprio eco do nosso sentir do qual não prescindimos. Começaste a completar os momentos da minha vida, e isso, isso me basta e quer dizer muito, só isso me importa aqui e agora. E se me completas, é porque intrinsecamente passaste a ser o "Eu" que não sou, o "Eu" a que aspiro. Estás em mim. A todos os momentos.
A pensares o que se pode fazer com uma máquina de fotografar?... Nada disso. O espelho. O uso de uma técnica. Um momento de reflexão. Apenas. Olhando, serena, a máquina entre as mãos... Quantos pensamentos circulavam naquele momento?... Gosto de te olhar a pensar. A mente que vê. O olhar que ouve. O sentido da vida.
ResponderEliminarAs imagens e as palavras. Umas alimentam-se das outras. E geram um círculo sem fim... As imagens podem alimentar a nossa imaginação de uma forma poderosa!... A própria fotografia pode engendrar o sonho e a ficção. Afinal, o que sabemos nós das coisas e da imagem das coisas?... Emília, vejo através do teu olhar o que merece ser olhado, e vejo através das tuas fotos. depois, vejo com o auxílio datua mente. Nesses momentos, tu és os meus olhos. E assim, temos a intimidade e a dependência dos nossos olhares. A intimidade de um instante irrepetível, primeiro para ti, depois, pela fotografia, para mim. Dás-me algo que só tu me podes dar em determinado momento. Não é bonito?!... As tuas fotos produzem-me sempre um certa inquietação e prazer artístico, mesmo como mero espectador. Sabes olhar, e para saber olhar tens que sentir. Transmites-me o teu sentir através do teu olhar. Como é belo, procurar o teu sentir nas tuas fotografias!... Gera uma comunhão muito profunda entre nós. Essa imagem que me surge está automaticamente terminada no momento em que "disparas"... As tuas fotografias... O fazer. O olhar. O teu sentir. Adoro!... Mais sincero, não posso!
ResponderEliminarPara a Emília, para a Milinha, muito especialmente no seu Dia de Aniversário... Hoje, 17 de Agosto de...
ResponderEliminarQuerida! Querida, significa aquela a quem se quer muito! Hoje, de manhã, pensei. Quem somos nós, anos após ano, permitindo que o tempo passe pela moldura dos nossos dias... Nada se fixa na consistência de um determinado sentido provisoriamente definido. O fio interpretativo?!... Apenas a deserção do que sempre desejámos ser, e o interminável e alegre princípio da aurora. Qual o papel do tempo nas nossas vidas?... Algo de indefinível que se vai perdendo e contudo há sempre qualquer coisa que começa, não é?... Vejo-te no dia de hoje junto dos teus, dos que são mais queridos ao teu coração. E saber isso me conforta, porque te sei feliz. Aproveita os instantes do agora. Depois, minha amiga, só a eternidade nos devolveria os nossos! Emília, quanto eu adorava ter os meus agora?... Ao nascer, encontramos uma família que nenhum de nós conhece. O nosso aparecimento, a alegria deles... O acaso de um encontro... A seguir, a escolha dos afectos que levamos para o caminho, como quem vai de jornada, no percurso que nos foi destinado e desconhecemos. Podíamos chamar vida, porém a vida não é senão quando sabemos o que não sabemos. Só o que se pode perder nos perturba a existência e nos faz criar às vezes o que não existe... Tudo à nossa volta, Emília, nos "empurra" para dentro do instante em que estamos, que é afinal o nosso viver. E, torna que torna, apoiamo-nos nesses afectos, na sensibilidade de quem nos estima, nos fios invisíveis que nos prendem, na necessidade que temos de outrem, no próprio eco do nosso sentir do qual não prescindimos. Começaste a completar os momentos da minha vida, e isso, isso me basta e quer dizer muito, só isso me importa aqui e agora. E se me completas, é porque intrinsecamente passaste a ser o "Eu" que não sou, o "Eu" a que aspiro. Estás em mim. A todos os momentos.
Pensei em ti hoje e se me irias escrever...escreveste e estou feliz.
ResponderEliminarEmília! Os momentos de felicidade são um bem inestimável!... O teu comentário caiu em mim com um desses momentos únicos.
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