Aqui, o tempo é silêncioso e enigmático. Não é a árvore despida da foto anterior, porque é de outra espécie, e a estação do tempo é outra, também. Mas, o velho moinho lá está, outro - eu sei - em melhor estado de conservação, mas restos de um tempo antes da revolução industrial, quando o bucolismo era uma pausa no amor, no sonho, no desfiar da oração, na gravidade dos dias. Ao longe, as cristas dos cerros, ou as ondulações de um planalto estendido, suaves morros arqueados como dorsos de pastores. Espaços onde não nasci, e que não tive, nem tenho. Que lugar esta solidão me traz na memória dos meus olhos!... Emília! Nada tão silencioso como o tempo, no interior deste moinho, no interior do corpo que habitamos, porque aqui, o que aconteceu outrora não sentimos dentro do coração que somos.
Aqui, o tempo é silêncioso e enigmático. Não é a árvore despida da foto anterior, porque é de outra espécie, e a estação do tempo é outra, também. Mas, o velho moinho lá está, outro - eu sei - em melhor estado de conservação, mas restos de um tempo antes da revolução industrial, quando o bucolismo era uma pausa no amor, no sonho, no desfiar da oração, na gravidade dos dias. Ao longe, as cristas dos cerros, ou as ondulações de um planalto estendido, suaves morros arqueados como dorsos de pastores. Espaços onde não nasci, e que não tive, nem tenho. Que lugar esta solidão me traz na memória dos meus olhos!... Emília! Nada tão silencioso como o tempo, no interior deste moinho, no interior do corpo que habitamos, porque aqui, o que aconteceu outrora não sentimos dentro do coração que somos.
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